Kevin Underwood * Case Study * Estudo de Caso

I chose Kevin Underwood’s case to be the first to be discussed here. It’s very recent, and he’s the perfect example of the modern sexually-motivated killer. Later on we’ll be able to discuss with more detail this type of criminal. It’s also a case that shocked me and interested me a lot.

Imagine Kevin Ray Underwood. He’s a regular guy. For starters, he’s 26 years old, that’s exactly my age. He lives alone in a small american town (Purcell, Ohklahoma, to be exact), he’s underpaid and mostly unhappy, he dropped out of college and has no idea where his life is going. Sometimes some few friends come over too and he laughs with them and passes out on the couch from too much drinking. He’s not really close to them though, he probably wants to be – but he met them recently, at work or something like that. He hates his hick neighbors, he’s shy and depressed, he sometimes gains a bit of weight and feels gross, and when he comes home from his unchallenging job he listens to his iTunes and talks to people on the net cause that’s pretty much his social life. He has no direction or guidance, that’s pretty common. He probably comes from a pretty normal family too where there isn’t much dialogue, not much space to work out those natural anxieties and family issues. He has a blog where he tries to talk about stuff, but he also plays a little cool cause he expects to get girls that way. So he’s got his problems and frustrations but for some reason his mind has different ways of working out those issues.

This person needs relief. He even takes some pills at some point, goes to a doctor, thinks he might feel better. From what? From feeling inadequate? From being a loser weird virgin? All girls want to be his friends but no one wants to have sex with him. He starts getting angry - that’s also a pretty ordinary way to handle frustration. But since he’s also a bit cowardly he lashes out his violence only through fantasy. Only through fantasy. So he starts thinking about stuff. Weird stuff. Sexual fantasies start getting violent - and a lonely, sexually deprived young adults fantasises a lot. He probably enjoys the fact that he’s the only one who knows the danger he’s becoming. That makes him feel a little powerful and in control. Fantasies then become a study in violence, until he works up the courage to do the real thing (don’t forget he’s cowardly).

I really don’t know what happened to Kevin Ray Underwood, this is just speculation on my part, based on what I know about this type of criminal and everything I read in the USA news about him. He’s in prison now and there’s a gag order in place so the news won’t talk about him anymore. At least not until his trial comes in, say, a year from now. On April 12th, 2006 a girl living in the same apartment complex as Underwood, 10 year old Jamie Bolin, disappeared and was believed kidnapped. Amber alert and the usual american police and media circus in place, everybody’s frantically looking for the little girl. Underwood can’t even sleep with the noise people organizing search parties are making underneath his window. He volunteers for help, but all we know is that at some point police found him suspicious. Two days after Jamie was reported missing, the police asked him permission to search his apartment, and he agreed. When an officer approached his bedroom closet, apparently he broke down and said, “Open up, she’s in there. I chopped her up.”

And there was hidden the naked body of a 10 year old freckled girl. He hit her a few times on the head with a wooden cutting board. The first words out of her mouth after the attack began was “I’m sorry”. He then covered her mouth with duct tape and pressed his hand over her face, suffocating and killing her. After that was done, he raped her, and started on the process of dismembering her body. He couldn’t go through with it though. Jamie was found with deep saw marks on her neck, as if he had tried to decapitate her, but that was as far as he went. He then dumped her in a plastic tub, along with a towel to soak the blood, and left her there, like that, in his closet, living with him for two days.

More on Underwood later.

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Escolhi o caso do americano Kevin Underwood para ser o primeiro a ser discutido aqui. É bem recente, e Underwood é o perfeito exemplo do assassino sexualmente motivado. Mais para frente teremos a oportunidade de discutir como são esses criminosos em específico. Além de tudo, é uma história que me chocou muito mas também me deixou muito interessada.

Tentem imaginar esse cara. Kevin Ray Underwood. Ele é um cara comum. Tem 26 anos, exatamente a minha idade. Mora sozinho numa cidadezinha dos EUA (Purcell, Ohklahoma), ganha pouco, vida monótona, largou a faculdade no meio, não se adaptava, não tem idéia do rumo que sua vida está tomando. Às vezes uns amigos vêm em casa, tomam umas com ele e eles apagam no sofá. Apesar dessa demonstração de intimidade eles não são muito íntimos, não de verdade. Pessoas que ele conheceu no trabalho. Ele não gosta dos vizinhos, são uns caipiras, ele acha que ele é melhor; às vezes ele ganha peso e se sente mal, e quando chega em casa do trabalho, liga o seu iTunes e fica conversando com pessoas na internet, que é na verdade o único lugar onde a sua vida afetiva enriquece. Tímido e depressivo, não tem muita direção nem muita orientação, coisa muito comum, aliás. Provavelmente vem de uma família bem normal também, mediana, onde não há todo aquele diálogo nem muita educação afetiva, mas com pessoas relativamente bem formadas e bem informadas.

Essa pessoa precisa de alívio, certo? Ele até tenta tomar antidepressivos por um período, vai se consultar com um psiquiatra, tem esperança, pensa que vai se sentir melhor. Do quê? De se sentir inadequado? De ser estranho, virgem? As meninas querem ser suas amigas mas nunca querem dormir com ele. Ele começa a ficar com raiva – o que é um meio bem comum de lidar com a frustração, um meio que todos nós usamos. Mas como ele tem uma personalidade introvertida e até meio covarde, passiva, ele solta essa agressividade somente através de fantasias, só de fantasias. E então começa a fantasiar bastante, pensar em coisas esquisitas, fantasias sexuais vão ficando cada vez mais esquisitas e violentas – e um moço jovem e solitário, privado de vida sexual, costuma fantasiar bastante. Ele provavelmente gosta da idéia de que ninguém sabe como ele vai se tornando perigoso, a ameaça que ele vai virando em silêncio. Começa a se sentir um pouco mais poderoso e no controle da situação. Suas fantasias começam a se tornar um estudo em violência, uma preparação e um ensaio, até que ele agrupa coragem para começar a realizar o que fantasia (não se esqueça que ele se acovarda fácil).

Eu realmente não sei o que houve com Kevin Underwood, tudo isso é especulação da minha parte, baseado no que sei sobre esse tipo de criminoso e em tudo que consegui ler sobre o caso dele na imprensa americana. Ele está preso agora e existe uma ordem judicial que proíbe a imprensa de discutir casos de crimes hediondos quando estes ainda estão em processo de investigação. Então não se fala mais nele, pelo menos não até seu julgamento começar, coisa que vai acontecer em aproximadamente um ano. No dia 12 de Abril de 2006, Jamie Bolin, uma menina de 10 anos moradora do mesmo complexo de apartamentos onde Underwood morava desapareceu. Acreditava-se que ela havia sido raptada. Com o habitual circo de imprensa e polícia montados em, vamos dizer, coisa de horas, todo mundo começou a procurar loucamente a menina e só se falava nisso. Underwood não podia nem dormir à noite de tanto barulho que o povo fazia embaixo da janela dele, organizando buscas pela menina, fazendo vigílias à luz de velas, madrugada afora. Ele participa da busca, se voluntaria a ajudar, mas o que se sabe hoje é que em determinado momento a polícia começou a desconfiar dele. 48 horas após a menina ter desaparecido, a polícia pede permissão para olhar o apartamento de Kevin Underwood, e ele permite. Quando um policial se aproximava do armário de seu quarto, aparentemente ele não aguentou a tensão e confessou, “pode abrir, ela está aí. Eu cortei ela toda.”

E lá escondido estava o corpo de uma menina sardenta de 10 anos. Ele começou por bater na cabeça dela algumas vezes com uma tábua de madeira. A primeira frase que saiu da boca da menina quando a agressão começou foi “desculpa”. Em seguida, ele tapou sua boca com uma fita isolante e pressionou sua mão sobre seu rosto para sufocá-la – foi quando a menina finalmente morreu. Então ele a violentou, e iniciou o processo de desmembramento de seu corpo. Mas aí parece que ele não pôde ir em frente, por algum motivo, embora se soubesse que essa era sua intenção inicial. Jamie foi encontrada no seu guarda-roupas nua, dentro de uma banheira plástica, junto com uma toalha para conter o sangue, com profundas marcas de serra no pescoço. E lá ela ficou, por dois dias inteiros, morando com ele.

Mais sobre Underwood depois.